segunda-feira, 13 de março de 2017

De que forma o exemplo da Síria nos remete à atual situação brasileira



Em meio ao conflito, Síria vive combinação desastrosa de escassez, inflação, sanções e fuga de capital e trabalhadores.



Reportagem: http://exame.abril.com.br/economia/siria-perdeu-metade-da-sua-economia-com-guerra-civil/



O Brasil vem passando por momentos difíceis em sua economia, o que causa uma grande preocupação pois acaba afetando todos os setores. O Brasil viu sua economia mergulhar em uma forte recessão que ainda está longe de dar sinais de trégua. Os brasileiros também sentiram no bolso o aumento da inflação.

Os motivos que levaram a atual situação econômica do Brasil são muitos, mas alguns deles merecem um destaque especial. O primeiro deles é a total falta de investimento em infraestrutura.O segundo foi a total falta de planejamento estratégico. O terceiro e talvez mais grave problema é a submissão da política econômica á política partidária. O quarto motivo é a falta de credibilidade.







Reportagem: http://www.empreendedoresweb.com.br/atual-situacao-economica-do-brasil/

Por: Nathália Batista

Guerra Religiosa, por quê?







O conflito que existe na Síria atualmente tem várias vertentes, mas a religiosa é uma das mais influentes e ajuda a explicar muito do que se está acontecendo por lá.

A Síria possuí vários grupos étnicos e religiosos. Cerca de 75% da população é sunita, mas o regime está solidamente nas mãos da minoria alauita a qual pertence a família Assad, um ramo do Islão xiíta, cujos fiéis constituem cerca de 10% da população que são principal alvo dos rebeldes de inclinação mais sectária. São consideradosheréticos por extremistas muçulmanos.

O atual conflito é uma luta pelo poder entre sunitas, que formam a esmagadora maioria da oposição, e os alauitas que temem o que lhes pode acontecer caso o regime caia. 

Em meio a este conflito estão os cristãos, que constituem outros 10%, divididos entre diversas denominações. Tradicionalmente os cristãos têm estado próximos do regime, enquanto a Síria estava em paz e era um dos locais mais seguros para os cristãos viverem, uma vez que interessava ao regime impedir o surgimento de qualquer expressão de fundamentalismo islâmico. 

Devido a essa ligação, muitos cristãos temem represálias ou o caos que poderá dar origem a uma mudança de regime. Já tem acontecido relatos de perseguição a cristãos por parte da oposição a Assad e em algumas aldeias os cristãos têm-se visto obrigados a coligar-se com os alauitas para se defender. 

Mas a situação na Síria não tem só implicações internas. Os principais países da região têm interesses pelo que lá acontece com a Turquia e a Arábia Saudita, importantes potências sunitas, a apoiar claramente a oposição a Assad e o Irão, a grande potência xiita, interessada em manter o regime no poder. 


Que peso tem a religião nos atuais conflitos?

A religião se tornou uma arma de mobilização popular em uma batalha que é, acima de tudo, política. Em uma região onde as fronteiras nacionais são resultado do jogo de equilíbrios entre as potências coloniais, a atribuição religiosa é frequentemente o elemento de identidade mais forte.

Por trás de alguns dos conflitos atuais se esconde a velha rivalidade entre o Irã e a Arábia Saudita pela supremacia na região do Golfo Pérsico. Essa dinâmica também é evidente no Iraque, de maioria xiita, mas tradicionalmente governado por uma elite sunita, e que o Irã quer transformar em um “satélite”. O fato de o reino saudita ser o berço da intransigente escola wahabista, que considera os xiitas hereges, só coloca mais lenha na fogueira. Isso também ocorreu com o surgimento no tabuleiro geopolítico do jihadismo sunita, primeiramente com a Al Qaeda e agora com o Estado Islâmico – para quem os xiitas são infiéis que precisam ser erradicados e contra quem estenderam o combate.

Percebemos então o quanto a religião está envolvida nos conflitos na Síria. É importante saber desses detalhes que não sejam confundidas as motivações e os envolvimentos religiosos na guerra. Muitas pessoas tendem a generalizar os religiosos da Síria e apontam os refugiados como terroristas do EI. 






Informações retiradas dos sites:

https://www.google.com.br/amp/brasil.elpais.com/brasil/2016/01/03/internacional/1451843662_491050.amp.html

http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/28614/perseguicao-religiosa-e-a-causa-das-principais-guerras-no-mundo-hoje.html

https://www.google.com.br/amp/s/fernandonogueiracosta.wordpress.com/2013/02/15/conflito-historico-religioso-na-siria/amp/

Por: Maiara Fiel

Guerra de poder?


´´Todos contra todos´´, parece ser o lema da guerra. Lutam entre si, entre governo, rebeldes, radicais islâmicos e potências estrangeiras. Para que você, leitor, entenda melhor, vamos dividir esses conjuntos por partes, e dizer quem luta contra quem na Síria.



O governo: O presidente sírio, Bashar Al-Assada, reuniu suas tropas para lutarem contra cerca de mil guapos rebeldes, que contam com 100 mil pessoas. Entre esse número de rebeldes existem extremistas e alguns possuem vínculos com a Al-Qaeda.

Rebeldes radicais islâmicos: Em 2014, o grupo extremista, que se autodetermina do Estado Islâmico, parte pra luta, enfrentando a todos, tanto o governo como os rebeldes.

Potências estrangeiras:
  • O Estados unidos e seus aliados ocidentais, opõe-se ao presidente da Síria e ao Estado Islâmico e apoia os rebeldes que são moderados e os curdos.
  • A Rússia é contra os rebeldes e o Estado Islâmico e é a favor do presidente Bashar Al-Assad.
  • O Irã opõe-se aos rebeldes sunitas e ao Estado Islâmico, apoiando o governo de Bashar Al-Assad.
  • Arábia Saudita é a favor de rebeldes sunitas e contra o presidente da Síria.
  • Turquia é a favor da coalizão liderada pelos EUA e rebeldes e é contra o governo e separatistas curdos.



Cada país com seus motivos, explicações, intenções e propostas, e alguns a partir de relações anteriores expõe a quem se opõe e a quem apoia.
 O que nos deixa intrigado é o fato de que o lema ´´Todos contra todos´´, dito no início desse post, não se aplica somente aos combatentes, mas também entre os países que citamos, formando uma grande confusão sobre quem é contra quem é a favor de quem. Pois apesar de alguns países se identificarem acabam por ter propostas diferentes.







Bom, nos despedimos com a esperança que ao final desse post você possa entender melhor quem luta contra quem, pois mesmo que entre opositores, apoiadores e combatentes existam um emaranhado, esperamos que esse post oriente você sobre a guerra na Síria.

domingo, 12 de março de 2017

Guerra Civil: Por que?





2011: o início do levante


O levante contra o regime de Bashar al-Assad teve início em 15 de março de 2011, durante a insurreição da Primavera Árabe, período em que as populações de países árabes, como Tunísia, Líbia e Egito se revoltaram contra os governos de seus países. O levante começou pacífico nos primeiros quatro meses, mas, a partir de agosto, manifestantes fortemente reprimidos passaram a recorrer à luta armada.


Uma segunda conferência de paz, chamada Genebra II, foi realizada em janeiro na Suiça. Entretanto, após mais de uma semana de negociações, houve poucos avanços. Uma nova rodada foi iniciada em 10 de fevereiro, terminando no dia 15 novamente sem decisões e com acusações mútuas entre governo e oposição. Uma terceira rodada será feita em data ainda não definida.


Mais de 2 milhões deixaram o país em busca de refúgio em nações vizinhas, aumentando as tensões entre os países vizinhos. Outros 4,25 milhões de sírios tiveram que se deslocar dentro do país devido aos combates.


A situação sanitária se agrava, as organizações de ajuda não conseguem acesso a regiões inteiras do país, e a economia encolhe em meio aos combates.


O contestado presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta há quase três anos uma rebelião armada que tenta derrubá-lo do poder.



2012: a guerra civil







Em 2012, A Cruz Vermelha e a ONU classificaram os conflitos como guerra civil, abrindo caminho para a cobrança da aplicação do Direito Humanitário Internacional e para a investigação de crimes de guerra. As missões diplomáticas para resolver o conflito têm fracassado. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, do início dos conflitos até março de 2014, mais de 140 mil pessoas já morreram. Entre os mortos estão mais de 7 mil crianças e 5 mil mulheres.

Principais armas: fome e miséria







Os movimentos de Assad são estratégicos. O governo sírio controla as grandes cidades e as estradas mais importantes e tem usado a fome e a miséria como principal arma para punir a população civil, maior vítima dos conflitos.


Mais de 2 milhões deixaram o país em busca de refúgio em nações vizinhas, aumentando as tensões entre os países vizinhos. Outros 4,25 milhões de sírios tiveram que se deslocar dentro do país devido aos combates.


A situação sanitária se agrava, as organizações de ajuda não conseguem acesso a regiões inteiras do país, e a economia encolhe em meio aos combates.


O contestado presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta há quase três anos uma rebelião armada que tenta derrubá-lo do poder.



Dificuldades: oposição dividida e os jihadistas 2013/2014






Mudanças no quadro de rebeldes podem estar rompendo a rebelião. A oposição, dividida em grupos rivais , encontra cada vez mais dificuldades em atingir o objetivo de derrubar o governo de Bashar al-Assad.


Há a percepção, dentro e fora do país, de que os grupos jihadistas tentam "tomar conta" da revolta, o que dificulta a tomada de posição do Ocidente.






O conflito se generalizou pelo país e tem sido marcado por derrotas e vitórias militares dos dois lados, e pelo grande número de mortes.

Tensões no exterior

A guerra civil síria reviveu as tensões da Guerra Fria entre Ocidente e Oriente, por conta do apoio da Rússia ao regime sírio.


Desde o início do conflito em março de 2011, os EUA se limitam, oficialmente, a oferecer apoio não letal aos rebeldes e a fornecer ajuda humanitária.


Em junho, a administração Obama prometeu "apoio militar" aos rebeldes, embora tenha mantido certa indefinição sobre a natureza dessa ajuda.

O arsenal químico




Um dos pontos altos da guerra se deu em 21 de agosto de 2013, quando um ataque químico - realizado nos arredores de Damasco e atribuído pela oposição e países ocidentais a Bashar al-Assad deixou mais de 1.400 mortos.


Apesar de toda a comoção e condenação internacional, um acordo entre Moscou e Washington cancelou qualquer tipo de ataque ocidental à Síria após Assad se comprometer a destruir suas armas químicas. Até agora, a Síria destruiu um terço de seu arsenal químico.

Como o mundo se posiciona





Em 23 de janeiro de 2012, a Síria anunciou que rejeitava a proposta da Liga Árabe para que Al-Assad se afastasse do cargo e para que fosse criado um governo de unidade nacional.


Além da Liga Árabe, ONU, União Europeia e Estados Unidos sempre condenaram a violência e a repressão impostas pelo regime sírio, mas nunca intervieram no conflito.


A União Europeia e os Estados Unidos impuseram sanções econômicas unilaterais contra a Síria, mas nunca agiram de forma mais enérgica.


Países como Irã, China e Rússia são aliados declarados do regime de Bashar Al-Assad e se manifestaram contra qualquer tipo de imposição de sanção internacional ao país.


A Rússia, que tem uma base naval militar no país, condenou o uso da violência pelos opositores ao regime, aos quais chamou de ‘terroristas’ e votou contra o estabelecimento de uma missão humanitária no país na Conferência de Paz GenebraII, em fevereiro de 2014.


A China chegou a acusar os países ocidentais de instigar uma guerra civil na Síria.


O Brasil retirou seu embaixador da Síria em janeiro de 2013. Em junho do mesmo ano, foi a vez de o Egito romper relações com o país.








Compreendendo o mundo: O que está acontecendo na Síria?



Nos tempos atuais, percebemos a necessidade de compreensão dos acontecimentos mundiais por parte da população. Muitas pessoas não se importam com o que ocorre em lugares diferentes do que vivem. Esse tipo de pensamento torna as pessoas ignorantes, pois não refletem sobre os resultados de certos comportamentos. 



Na televisão e nos jornais, vemos muitas notícias sobre os refugiados no Oriente, sobre a guerra da Síria, sobre crise econômica, sobre o Estado Islâmico. Porém, poucos sabem como aconteceu, como influencia ou como evitar essa violência sem fim e e essa degradação humana pela qual os sírios vem passando. 


Algumas reportagens nos chocam e forçam a reflexão sobre a guerra. Como no caso do menino de 5 anos sobrevivente do bombardeio à Aleppo, no final do ano passado. 





Não adianta se revoltar sobre o que acontece na Síria em Redes Sociais apenas. É preciso se informar e conhecer tudo o que levou o mundo a estar dessa maneira agora, para que assim não cometamos os mesmos erros de nossos antepassados. 




Indicamos um vídeo muito didático, do Felipe Castanhari (Canal Nostalgia), que irá ajudar a entender o motivo de tantas pessoas arriscarem sua vida fugindo de seu país pelo mar para procurar refúgio em outro país. 





Com isso, vemos que houveram diversos motivos que tornaram este país tão hostil. Conforme citado pelo Castanhari, a guerra tem cunho Civil, Religioso e de Poder. 


Iremos investigar estas motivações nas próximas publicações.